Dar novo sentido
Desde de criança me foi necessário dar vários novos significados a experiencias difíceis.
Das privações básicas da infância pela carência financeira, a perda da minha mãe aos 3 anos de idade, associada ausência paterna, e a muitas outras incontáveis situações difíceis que perduraram da adolescência a vida adulta.
Não sei exatamente o porque, mas sempre tive um olhar meio “rebelde” para o sofrimento, como se eu lhe dissesse: Te aceito, mas não ficarei aqui, não vou me justificar em você, uma verdadeira preguiça de sofrer, rsrs.
A VIDA na minha vida se apresentou com uma realidade tão dura desde cedo que, a forma de sobreviver, foi desenvolver um olhar refinado pra encontrar soluções possíveis, e quando não encontrava meios de resolver, apenas aceitava e buscava me adaptar da melhor maneira possível.
Minha racionalidade me levou a ter meu foco na solução e nunca no problema, isso me libertou de viver tentando achar “culpados” mantendo em mim um estado de esperança, sentimento este que me guia, que me faz ter uma fé na vida, já que, a vida que me trouxe dores, é a mesma vida que me trouxe grandes momentos de felicidade, satisfação e realização, e confesso que, meu coração sempre bateu muito mais forte, pelo sorriso, do que pelas lágrimas.
“Quando não podemos mudar a situação, temos o desafio de mudar a nós mesmos”.– Victor Frankl –
O perdão é uma jornada de libertação emocional, muitas vezes confundida com a aceitação do erro alheio.
Na verdade, perdoar não é absolver o outro, mas sim desatar os nós que nos prendem ao peso da mágoa.
Quando compreendemos a importância do perdão, percebemos que ele não beneficia apenas o outro, mas principalmente a nós mesmos.
É um ato de autocuidado emocional, um processo que nos liberta da dor do passado, permitindo-nos crescer e seguir em frente.
O perdão não apaga a memória, mas transforma a forma como ela nos afeta, promovendo um bem-estar emocional profundo e um novo olhar para o futuro.
Portanto, procure refletir sobre a importância do perdão e comenta aqui um 💛 se essa reflexão fez sentindo pra você!✨
Sobre etarismo...
Eu aos 20...
E o que se espera de uma jovem aos 20???
Bem, pela logica dos 20, eu deveria estar cursando faculdade, fazendo estágio na minha área de atuação, ter algum domínio do inglês, obter habilitação para dirigir, assumir alguma responsabilidade pela vida financeira (sim, nesta idade os pais ainda tem papel importante na transição da vida financeira dos filhos), curtindo a vida rodeada de amigos e ou estar em um relacionamento sendo muito feliz...
Mas sabe o que acontece quando nada disso acontece?
Você se sente um “peixe fora D’agua ...
Eu, em particular, me sentia desadaptada socialmente...
E como era sofrido viu...
Sempre achei aniversário uma data única …
Não porque tenho memórias de muitas festas com família e amigos ao meu redor, porque essa não foi minha realidade.
Mas, especial porque, sempre acreditei que estar vivo é um milagre …
A concretização de que, opa ! Dei certo rsrs…
Já que tudo poderia ter dado errado já na minha concepção…
E a cada ano, tudo continua dando certo …
Pra mim, é um privilégio abrir os olhos e ver todas as cores, em toda sua intensidade, respirar involuntariamente, sentir o vento que encosta em minha pele, ouvir sons que tocam a minha alma, experimentar gostos, perceber cheiros …
Só desejo que seja mais um ano de vida protegida nessas muitas regalias que me cercam. ✨
Se você tiver filhos, prepare-se pra estar por um fio, neste grande desafio…
Eles chegam e nós somos convidados a sair de nós mesmos, um verdadeiro mergulho no desconhecido, e como isso dá medo.
Sabe aquilo tudo que você acha que sabe?
Em um passe você passa a não mais saber… mesmo aquilo que te parecia tão instintivo, banal, acredite, você passará a ter dúvidas.
Antes era fácil amar e se separar, depois, separar traz um misto de culpa, angústia, por um sentimento de que se está abandonando.
O Choro é deles, mas a dor é nossa, assim sendo, como deixá-los sentir dor se esta também nos toca?
E preciso protegê-los, mas e quando eles nos dizem com um olhar insolente “daqui eu já sigo sozinho” caímos então naquela dor do desamparo da realidade que diz: se fiz meu papel com sucesso como mãe/pai chegará o momento de me tornar
desnecessária(o)…
Educar, ensinar, limitar, preparar… verbos de ações claras, mas tão complexas de ser aplicadas…
Conflitos, há os conflitos… estes são o marco da educação dos filhos…
Aplico ou não castigos, empresto ou não a chave do carro, dorme ou não na casa da amiguinha… estarei sendo mole demais ou duro demais… o que fazer?!!
É… a verdade é que, só se aprende os tendo, os sentindo, os observando…
Mas sabe aquela segurança um dia sentida?! Sempre estará por um fio, neste grande desafio.
Você Merece Mais.
Sabe o que é?
Você merece mais…
Mais abraços com amor,
Mais vida com cor,
Mais calor...
Mais brisa no rosto,
Mais a seu gosto,
Mais de você disposto...
Mais seus pés pro ar,
Mais leveza no olhar,
Mais tempo pra amar...
Mais mãos que te acolham,
Mais palavras que te aconselham,
Mais pessoas que com você se assemelham...
Mais paciência com seus passos,
Mais esperança em seus braços,
Mais fé para o seu cansaço...
Jamais se esqueça disso, agora deixa aqui nos comentários um ❤️ se você concorda que merece tudo!
Pra ser Mãe, com o pouco que tive, mas que tanto pude dar, por minha escolha e não por imposição...
Três filhos, três momentos, três histórias distintas...
Pra homenagear o dia das mães, e quem sabe, contribuir com o seu maternar, fiquem atentos, aos textos que produzi pra compartilhar com vocês meus três momentos na maternidade.
Pra ser... Mãe.
Quando me tornei mãe, foi necessário compreender algumas coisas bem complexas:
Antes era apenas eu, depois passou a ser nós.
Antes era nós em um só corpo, depois, passou a ser nós habitando corpos diferentes.
Antes eu achava que, de cara eu iria só te amar, depois, encontrei com outros sentimentos, medo, insegurança, culpa...
Antes eu achava que era instintivo, depois, compreendi que tinha que aprender tudo, já que não sabia nada...
O que dava pra saber é que, pra SER, mãe, é preciso construir, assim, do zero.
Aquele chorinho, será fome? Será frio? Será dor? Será necessidade de um colinho?
E assim que, a cada toque, que tinha o poder de desfazer o choro, eu me tornava mãe, a cada esboço de um sorriso após cada mamada, eu me tornava mãe, a cada olhar fixo que me acompanhava quando eu me afastava, eu me tornava mãe, a cada gargalhada expressada após um “cheirinho” dado na barriguinha ou no “cangotinho” eu me tornava mãe...
Fui compreendendo que pra SER, mãe, é preciso ESTAR.
E que, ESTANDO, eu pude cuidar, e CUIDANDO, eu passei a AMAR e SER AMADA.
Concluo então que a gênese do amor materno, é uma “dança “entre SER e ESTAR, produzindo assim este sentimento que transcende, que não se mensura ou tão pouco se explica...
Do pouco que tive, mas que tanto pude dar.
E Porque eu tinha um, após sete anos, passei a desejar dois...
Um desejo assim meio intencionado, não admitido verbalmente, aquele desejo que eu apresentava de maneira disfarçada, dizendo “vindo com saúde” ... Quem nunca né?...
Para além da saúde eu desejava era uma menina.
Queria mesmo era experimentar viver um amor que pouco tive, por perder minha mãe ainda na primeira infância, e que tanto me fez falta durante todo o percurso de minha vida, em uma configuração de muito poder dar, aquela história de ressignificar sabe...
Mas aqui, desejar algo com intenção é sofrer dobrado...
Eu vivia agarrada a uma ansiedade que tomava conta de mim...
A cada ultrassom, a expectativa, a cada expectativa, a frustração, já que meu médico insistia em dizer, “não tenho certeza, está cedo ainda, mas acho que é um menino”.
Como era difícil escutar isso, porque eu sentia e queria era ouvir que era uma menina. E também sentia culpa, já que se fosse menino que tipo de mãe eu seria por desejar apenas a Bela?... Ops, ela já tinha até nome rsrsrs...
Até que venho a confirmação médica da qual nunca esquecerei “pode comprar tudo rosa é uma menina.”
Foi uma felicidade inexplicável, me sentia em êxtase, a concretização do meu desejo passou a tornar a minha existência mais interessante, cada dia passou a ter um encanto especial, meu coração passou a bater com um calor amoroso diferente, já que enfim, estava conectada aquele pequeno ser advindo do meu desejo.
Amar minha filha me ensinou a amar a mim mesma, cuidar da minha filha me ensinou a cuidar de mim mesma, proteger minha filha, me ensinou a proteger a mim mesma, guiar a minha filha me ensinou que no caminho do amor materno quem guia é guiado, pelo o amor que se mistura, tornando-se unicidade.
A maternidade é uma escolha e não uma imposição.
Se um dia o trauma emocional esteve na sua vida, ele ainda pode viver em você.
Sabe aquelas experiências marcantes das quais produzem um sofrimento tão intenso que parece que você congela no trauma?
Todos nós em menor ou maior intensidade experimentamos dores emocionais, já que as perdas que nos levam a sofrimentos fazem parte da existência humana.
E eu, como humana não fugi a essa regra...
Perder minha mãe próximo aos meus 3 anos de idade não se configurou de fato em um trauma por sua perda, afinal não me ficou registrado memorias que me levassem a sofrer por sua morte.
Porém, sua ausência desencadeou em minha vida uma série de situações traumáticas, desde sofrer queimaduras em grande parte do corpo pouco tempo após sua morte e passar dias internada, a separação dos meus irmãos mais velhos.
Se pudesse resumir em uma palavra meu trauma seria, medo do desamparo. Depois Tal medo se configurou em medo de desamparar...
Era um sentimento tão intenso que se fez ainda mais presente quando me tornei mãe.
Sempre quando me afastava dos meus filhos era uma constante os meus pensamentos: “Mas, e se eu morrer, quem vai cuidar deles?”
Confesso, que não foi nada fácil me libertar deste trauma, foram anos de acompanhamento psicoterápico pra eu poder compreender que aquela era a minha história, e não a dos meus filhos. E mais, mesmo não tendo recebido o cuidado e amparo necessário como precisava, o acaso me presenteava aqui e ali, com algumas pessoas especiais que me deram o melhor que puderam dos seus sentimentos, o que me fez crescer com uma enorme fé na vida e esperança em dias melhores.
Se não nos libertamos de nossas dores emocionais, ficaremos sempre presos neste limbo, como um disco arranhado que nos impede de ouvir uma próxima canção.
Se no seu passado teve algo doido, não reprima este sentimento, cuide dele, se ele for “abraçado” ele poderá ser elaborado e consequentemente superado.