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Do pouco que tive, mas que tanto pude dar.

  • elisapsclg
  • 8 de jul. de 2024
  • 2 min de leitura

E Porque eu tinha um, após sete anos, passei a desejar dois...



Um desejo assim meio intencionado, não admitido verbalmente, aquele desejo que eu apresentava de maneira disfarçada, dizendo “vindo com saúde” ... Quem nunca né?...



Para além da saúde eu desejava era uma menina.



Queria mesmo era experimentar viver um amor que pouco tive, por perder minha mãe ainda na primeira infância, e que tanto me fez falta durante todo o percurso de minha vida, em uma configuração de muito poder dar, aquela história de ressignificar sabe...



Mas aqui, desejar algo com intenção é sofrer dobrado...



Eu vivia agarrada a uma ansiedade que tomava conta de mim...



A cada ultrassom, a expectativa, a cada expectativa, a frustração, já que meu médico insistia em dizer, “não tenho certeza, está cedo ainda, mas acho que é um menino”.



Como era difícil escutar isso, porque eu sentia e queria era ouvir que era uma menina. E também sentia culpa, já que se fosse menino que tipo de mãe eu seria por desejar apenas a Bela?... Ops, ela já tinha até nome rsrsrs...



Até que venho a confirmação médica da qual nunca esquecerei “pode comprar tudo rosa é uma menina.”



Foi uma felicidade inexplicável, me sentia em êxtase, a concretização do meu desejo passou a tornar a minha existência mais interessante, cada dia passou a ter um encanto especial, meu coração passou a bater com um calor amoroso diferente, já que enfim, estava conectada aquele pequeno ser advindo do meu desejo.



Amar minha filha me ensinou a amar a mim mesma, cuidar da minha filha me ensinou a cuidar de mim mesma, proteger minha filha, me ensinou a proteger a mim mesma, guiar a minha filha me ensinou que no caminho do amor materno quem guia é guiado, pelo o amor que se mistura, tornando-se unicidade.



 
 
 

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