Pra ser... Mãe.
- elisapsclg
- 8 de jul. de 2024
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Quando me tornei mãe, foi necessário compreender algumas coisas bem complexas:
Antes era apenas eu, depois passou a ser nós.
Antes era nós em um só corpo, depois, passou a ser nós habitando corpos diferentes.
Antes eu achava que, de cara eu iria só te amar, depois, encontrei com outros sentimentos, medo, insegurança, culpa...
Antes eu achava que era instintivo, depois, compreendi que tinha que aprender tudo, já que não sabia nada...
O que dava pra saber é que, pra SER, mãe, é preciso construir, assim, do zero.
Aquele chorinho, será fome? Será frio? Será dor? Será necessidade de um colinho?
E assim que, a cada toque, que tinha o poder de desfazer o choro, eu me tornava mãe, a cada esboço de um sorriso após cada mamada, eu me tornava mãe, a cada olhar fixo que me acompanhava quando eu me afastava, eu me tornava mãe, a cada gargalhada expressada após um “cheirinho” dado na barriguinha ou no “cangotinho” eu me tornava mãe...
Fui compreendendo que pra SER, mãe, é preciso ESTAR.
E que, ESTANDO, eu pude cuidar, e CUIDANDO, eu passei a AMAR e SER AMADA.
Concluo então que a gênese do amor materno, é uma “dança “entre SER e ESTAR, produzindo assim este sentimento que transcende, que não se mensura ou tão pouco se explica...

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